? Somos o segundo maior produtor internacional de alimentos. Estamos nos aproximando cada diz mais dessa liderança, que atualmente é dos Estados Unidos ? disse na manhã desta terça, dia 14, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.
Ele deu entrevista à imprensa sobre o estudo “Brasil – Projeções do Agronegócio 2010/11 a 2020/21”, divulgado nesta terça, pelo Ministério, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O ministro afirmou que o Brasil tem batido sucessivos recordes de produção de alimentos e que isso se deve ao fato de que os preços são remuneradores para o agricultor.
? Só tem um jeito de o Brasil não ser protagonista, seria a depressão dos preços agrícolas ? disse.
De acordo com o ministro, a questão da produção e acesso mundial de alimentos estará na pauta do encontro do G-20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, previsto para ocorrer na próxima semana.
? Estamos levando ao G-20, uma posição de solidariedade aos países mais frágeis do ponto de vista da segurança alimentar ? disse.
O ministro salientou também que outro ponto que será discutido na ocasião é a ‘financeirização’ das commodities, matérias-primas agrícolas.
? Só há uma maneira de enfrentar volatilidade dos preços, o aumento da produção.
Projeções
O ministro lembrou que o resultado apresentado nesta terça pelo estudo “Brasil – Projeções do Agronegócio” é baseado em dados conservadores.
? Não são eufóricos ? disse.
O levantamento mostra que a expectativa é de que a safra de grãos cresça 23% em uma década, com o incremento de 32,9 milhões de toneladas, para um total de 175,8 milhões de toneladas em 2020/2021, considerando as culturas de arroz, feijão, soja, milho e trigo. No ciclo 2010/11, esses grãos representaram produção de 142,9 milhões de toneladas.
? Os números mostram a capacidade brasileira de contribuição para os próximos anos na resolução de um problema da economia mundial, que é enfrentar a fome ? disse o ministro.
Ele salientou que o Brasil já tem “protagonismo significativo” nesse campo, estando mais perto de se tornar líder mundial na produção de alimentos.