Segundo o coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), Plínio Leite Lopes, são necessárias melhorias estruturais e na execução dos procedimentos do programa na região. Uma série de ações está sendo planejada a fim de garantir avanços mais urgentes.
? Os Estados estão buscando resolver essas questões com a contratação de pessoal concursado, capacitações, ampliação dos escritórios, conclusão do cadastramento de propriedades rurais e explorações pecuárias e fortalecimento das atividades de vigilância. Os convênios firmados com o Ministério da Agricultura são um instrumento importante para auxiliar na evolução das estruturas físicas dos serviços ? afirma.
As unidades que ainda não firmaram parcerias para a estruturação dos serviços veterinários e o fortalecimento das atividades de vigilância naquela região foram orientadas a apresentar as suas propostas até o início de julho.
Os Estados também deverão disponibilizar as bases de cadastro das propriedades rurais e de trânsito para verificação do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura.
No início de setembro, o DSA vai organizar visitas de apoio técnico aos serviços veterinários oficiais das unidades selecionadas. Em novembro, serão realizadas auditorias locais e, no mês de dezembro, num novo encontro, a situação será reavaliada para a elaboração do cronograma de atividades para 2012.
? A expectativa é que todas as medidas orientadas sejam implementadas e que os Estados classificados como de alto risco para febre aftosa mudem para médio risco até o final deste ano. Continuaremos trabalhando para que a região obtenha status de livre de febre aftosa com vacinação em 2012 e alcance o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 2013 ? ressalta.
Os Estados do Amapá, Roraima e a maior parte do território do Amazonas têm status de alto risco para febre aftosa. O Pará tem duas classificações diferentes, na região centro-sul, é considerado livre da doença com vacinação e, na parte centro-norte, como médio risco.
O rebanho brasileiro conta com 208,4 milhões de bovinos e bubalinos. A imunização é praticada em todos os Estados e no Distrito Federal, com exceção de Santa Catarina, considerado como livre da enfermidade sem vacinação, desde 2007, pela OIE.