A publicação traz reflexões de como os trabalhadores podem desenvolver propostas práticas que promovam a inclusão de suas atividades em um novo perfil de trabalho, que respeite e preserve os recursos naturais.
O texto aborda questões ligadas ao consumo, geração de resíduos, planejamento urbano, saneamento, energias renováveis, mudanças climáticas, proteção de florestas, entre outros assuntos que agora têm função de embasar o diálogo dentro da Central para, futuramente, ajudar na construção da política ambiental da CTB.
O desenvolvimento sustentável a partir da valorização do trabalho foi discutido pelo secretário de Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Vizentin, durante o evento.
O Brasil está com o desafio de compatibilizar a sustentação do crescimento econômico com a minimização dos impactos ambientais gerados pela pressão do desenvolvimento. Para isso, acredita Vizentim, o país não precisa percorrer o mesmo caminho dos países desenvolvidos, que só depois de alcançarem patamares elevados de consumo e destruíram grandes áreas, resolveram buscar soluções para reverter a situação.
? O Brasil deve dar um salto direto para sustentabilidade, como condição para o desenvolvimento diferenciado com viabilidade econômica, investindo em conservação ambiental e restaurando áreas degradadas ? disse.
Para o secretário, a mudança dos modelos de produção e de consumo é a grande aposta para o futuro e aparece como diferencial a favor da unidade entre o agronegócio, a agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável.
? Precisamos de uma legislação socialmente justa, que contribua para a luta democrática e o empoderamento dos recursos naturais por aqueles que estão no campo sendo responsáveis pela transformação do modelo de produção ? ressaltou.
Vizentin ainda destacou que o encontro promovido pela CTB demonstra como as forças democráticas populares amadureceram, buscando dar respostas a anseios históricos do nosso povo incluindo a sustentabilidade ambiental como eixo estruturante para o desenvolvimento.
O encontro conta com a participação de lideranças sindicais, representantes de movimentos sociais e ambientalistas, bem como de associações e instituições filiadas à Central.
Organismos internacionais, como Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), estimam que até 2050 o mundo vai demandar 70% mais alimentos do que se produz atualmente. O Brasil é visto como o grande produtor que poderá suprir essa necessidade. Nesse contexto, o país deve buscar um modelo de desenvolvimento rural cada vez mais sustentável, com o suporte da agricultura familiar, mantendo os níveis de produção, sem estagnar recursos naturais e degradar áreas de proteção ambiental.