? Foi uma coincidência porque eu estava falando disso com a presidente e a coordenação, mostrando que a economia brasileira começou o ano fazendo um ajuste para desacelerar um pouco enquanto outros países estão tentando acelerar e hoje a economia brasileira já está crescendo a uma velocidade de cruzeiro de 4,5% ao ano ? disse.
Segundo o ministro, a presidente Dilma demonstrou satisfação com a avaliação da Moody’s.
Ao falar com jornalistas, Mantega leu o documento divulgado pela agência. No comunicado, a Moody’s destaca que a nova classificação do Brasil se dá em função das evidências de continuidade na condução das políticas macroeconômicas, e do ativo gerenciamento da dívida pública com baixa exposição à taxa de câmbio e juros.
O documento cita ainda a baixa suscetibilidade a crises associada à expectativa de cumprimento das metas fiscais para 2011 a 2014, assim como às perspectivas de crescimento econômico para os próximos anos.
Consistência política
Na avaliação do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, a decisão é mais um reconhecimento por agências de rating da consistência da política econômica ao longo dos anos. Em nota divulgada pelo BC, Tombini também destaca a melhora dos fundamentos econômicos do país, alcançada por meio das políticas de metas de inflação, câmbio flutuante, acúmulo de reservas internacionais, responsabilidade fiscal e solidez do sistema financeiro.
? A decisão reconhece também a capacidade e efetividade das atuais políticas econômicas na manutenção e consolidação da estabilidade e na obtenção de um ritmo sustentável de crescimento com inflação sob controle ? acrescentou.
Para o presidente do Banco Central, os bons fundamentos da economia e as políticas adotadas pelo governo proporcionam melhores condições para o crescimento sustentável.
? Nos permitem fazer face à complexidade do cenário externo, e concorrem para a contínua queda no custo de financiamento do investimento que o país demanda e continuará a demandar nos próximos anos.
Segundo Tombini, “as boas notícias”, entretanto, não diminuem a determinação do BC de permanecer trabalhando para que os avanços continuem a ocorrer “em um ambiente econômico de estabilidade monetária e solidez financeira”.
O rating (nota de classificação) indica para os investidores a capacidade de o país saldar seus compromissos financeiros. Em abril, a Fitch, outra agência de classificação de risco, já havia melhorada a nota do Brasil, de BBB- para BBB.