Governo cria ações preventivas para evitar incêndios durante período de seca no Centro-Oeste

Recursos, que antes eram de R$ 90 milhões, passaram para R$ 130 milhõesO ano de 2010 foi de recorde no número de queimadas em todo o país. As ocorrências superaram em 85% o ano anterior. Agora, com o início do período da seca no Centro-Oeste, o risco de incêndios volta a preocupar. O governo, na tentativa de diminuir o problema, iniciou as ações preventivas mais cedo. Ainda em janeiro criou um grupo estratégico para intensificar os trabalhos.

Os recursos, que antes eram de R$ 90 milhões, passaram para R$ 130 milhões. Já o número de brigadistas subiu para 3,4 mil, com a contratação de 350 novos profissionais. Além disso, a fiscalização será reforçada.

? Colocar fogo ou usar fogo como técnica de manejo é crime, só se pode utilizar fogo como técnica de manejo quando se tem autorização do órgão ambiental. Se o órgão ambiental não dá a autorização, a pessoa incorre em crime. Nós temos aqui duas mensagens. Ao produtor de bem, continue fazendo o que está sendo feito, continue buscando crédito, apoio da Emater local, dos bancos. Agora, àqueles que estão fazendo atividade ilícita, fiquem sabendo que o governo já está em cima dos senhores ? disse Wanius de Amorim, coordenador do Programa Nacional para a Redução do Uso do Fogo nas Áreas Rurais e Florestais (Pronafogo) do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Nessa mesma período de seca de 2010, os satélites do governo registravam cerca de 1,8 mil focos de queimadas no país. Atualmente, eles não chegam a 900. O que está ajudando na redução das ocorrências é o clima.

? No ano passado o clima estava bem asseverado quanto à seca e isso contribuiu para um aumento na quantidade dos incêndios. Este ano a gente tem visto que, mesmo no mês de junho, tivemos chuva e isso contribui para diminuição no número de ocorrências ? observou Marcos Antônio, major do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal

O major do Corpo de Bombeiros alerta ainda que a população precisa colaborar, denunciando os casos.

? O ideal é que, junto com essa ligação para o corpo de bombeiros, a população ligue para o disque-denúncia, para o telefone da Polícia Civil, para a delegacia do Meio Ambiente, pois eles vão apurar e levantar essa prática delituosa ? concluiu o major Marco Antonio.