Pesquisadores e produtores avaliam uso da tecnologia na mandiocultura

Seminário realizado em Maceió discutiu o desenvolvimento da atividade e o acesso a mercadosTerminou nesta sexta, dia 14, o III Seminário sobre a Cultura da Mandioca e Derivados do Agreste de Alagoas ? Oportunidades de Negócios. O evento foi realizado em Maceió e apresentou aos participantes as tecnologias para o setor da mandiocultura que podem favorecer o aumento da produtividade, além de discutir as oportunidades de mercado a partir do beneficiamento da raiz.

Para o superintendente do Sebrae em Alagoas, Marcos Vieira, investir em tecnologia é a oportunidade para que os agricultores familiares possam colocar no mercado produtos de qualidade e mais competitividade. Vieira destaca as ações do Arranjo Produtivo Local Mandioca no Agreste como fundamentais para o desenvolvimento do setor.

? Entre tantas conquistas, o APL conseguiu aprovar, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, recursos de ordem de R$ 12 milhões para a construção do Instituto Agroalimentar, que terá atuação prioritária na cultura da mandioca e seus derivados. Já conquistamos muitas coisas no setor, como a instalação da primeira fecularia do Nordeste e vamos continuar realizando ações, junto com os parceiros do APL, que permitam uma infra-estrutura básica para a melhoria dos processos produtivos e comerciais ? explica Vieira.

? Alagoas deu grande salto qualitativo na produção, a mandioca é um produto bem brasileiro. E produzir mandioca é até uma questão cultural. Por isso, este evento é de suma importância para o aprimoramento desta cultura, trazendo conhecimento e novidades para o setor ? falou o diretor superintendente do Sebrae no Distrito Federal, Flávio Rezende Queiroga.

Em Alagoas, a cultura da mandioca já ocupa o segundo lugar em área plantada, o equivalente a 20.569 hectares e a produção anual é de aproximadamente 300 mil toneladas. Arapiraca é maior produtor do Estado. Só no agreste, a atividade envolve mais de 26 mil famílias.

? Arapiraca tem a situação agrária bem resolvida. Com a crise do fumo, eles viram novas oportunidades e passaram a produzir grãos, horticultura e aumentaram a produção da raiz na região. Mas ainda precisamos de mais. Cerca de 70% da produção sai daqui e vai ser beneficiada em outros Estados, gerando emprego e renda fora, temos que encontrar soluções para alguns problemas ? afirmou Jorge Dantas, secretário de Estado da Agricultura.