A lista com os nomes será revelada às autoridades russas nesta segunda, dia 4, quando uma comitiva do Ministério da Agricultura desembarca em Moscou.
? Na lista existente de mais de 200 estabelecimentos foi feita uma avaliação através de supervisão, auditoria, e avaliação dos nossos médicos-veterinários que estão diariamente nas indústrias e nós chegamos a algumas conclusões quanto aos requisitos russos. Nós estamos levando propostas para serem finalizadas na reunião da semana que vem ? explica o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Luiz Carlos de Oliveira.
Mas a estratégia brasileira de reduzir o número de frigoríficos é criticada por esse especialista em comércio internacional.
? Dadas as exigências que foram feitas, que incluem até testes para contaminação por radiação de alimento, me parece que as exigências russas passam longe de ser justas. O que os russos aparentemente estão fazendo é usar os argumentos sanitários para criação de barreiras comerciais ? opina o professor de Comércio Internacional da Universidade de Brasília (UnB), José Carneiro Cunha.
Como 85 frigoríficos brasileiros deixaram de exportar para a Rússia, a carne, que antes era exportada passou a ficar no mercado interno. Isso, aliado ao fato de que também houve uma redução na demanda fizeram com que o preço da carne suína tivesse uma redução em média de 20% para o consumidor.
Fã de carne suína, o consumidor Douglas Hesht, no entanto, teme uma futura alta dos preços quando houver o fim do embargo.
? Essa baixa é ótima, não é boa. Agora ela não pode é ter daqui a pouco uma reversão e ter uma explosão no preço.