A primeira meta principal inclui cortar pela metade a proporção de pessoas subnutridas, mas a parcela caiu pouco, de 20% em 1990 para 16%, estagnando durante anos.
“A proporção de pessoas no mundo em desenvolvimento que entraram (na situação de) fome em 2005/07 permaneceu estável em 16%, apesar de reduções significativas na pobreza extrema”, diz o relatório.
“Com base nesta tendência e à luz da crise econômica e da alta dos preços dos alimentos, será difícil cumprir a meta de redução da fome em muitas regiões do mundo em desenvolvimento”, avalia o documento. A tendência alarmante para a redução da fome vem à tona num momento em que o nordeste africano enfrenta o que a ONU descreve como “sua pior seca em 60 anos”, afetando cerca de 10 milhões de pessoas.
“A desconexão entre a redução da pobreza e a persistência da fome trouxe uma atenção redobrada para os mecanismos que governam o acesso aos alimentos no mundo em desenvolvimento”, acrescenta o relatório.
A agência de alimentos da ONU afirma que vai realizar uma revisão de políticas neste ano. A ONU observa o fato de que o crescimento econômico sustentado em alguns países em desenvolvimento, especialmente na Ásia, parece ajudar o mundo a se aproximar da meta de reduzir pela metade a parcela de pessoas que vive com menos de US$ 1 por dia.
Apesar das crises econômicas e financeiras em diversos países, “as tendências atuais sugerem que o momentum de crescimento no mundo em desenvolvimento permanece forte o suficiente para sustentar o progresso necessário para alcançar a meta global de redução da pobreza”.
Citando dados do Banco Mundial, o relatório diz que a taxa de pobreza global pode cair para menos de 1% em 2015, significativamente abaixo da meta de 23%. “Um crescimento rápido e grandes reduções na pobreza continuam sendo vistos no leste da Ásia, especialmente na China, onde a taxa de pobreza deve cair para menos de 5% até 2015”, disse a ONU. Na Índia, a pobreza deve cair de 51% em 1990 para cerca de 22% em 2015. As informações são da Dow Jones.