? Além do desenvolvimento sustentável, eu falei de uma nova forma de fazer política. Disse que estávamos fazendo uma aliança com os núcleos vivos da sociedade. E, lamentavelmente, o PV não foi capaz de absorver o grande legado que ele mesmo suscitou ? disse.
À frente de uma candidatura apoiada por 20 milhões de eleitores em 2010, a ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, à época filiada ao PT, dedica-se agora à criação de um novo movimento, provisoriamente chamado de Verde Cidadania.
Questionada sobre o interesse eleitoral do grupo, ela diz que qualquer pretensão neste momento seria antecipada, Porém, admite uma avaliação para “ver se, de fato, o núcleo terá densidade para fundar um partido”.
? A política é dinâmica, e a gente tem de manter a coerência. Os partidos são os meios, e não o fim. Não se faz um partido apenas para concorrer em uma eleição. Isso (fundar uma nova legenda) é uma possibilidade, mas não está sendo colocado como priori. Neste momento, queremos ser um centro de discussões sobre a crise política no Brasil e no mundo ? afirma.
Cadeira cativa de candidata à presidência
Pelo menos em 2012 o movimento fundado de Marina Silva se envolverá nas eleições de forma indireta, sem lançamento de candidaturas ? até porque não há tempo hábil. No próximo ano, a ex-senadora deverá apoiar “projetos compatíveis” com os valores do movimento.
? Em 2012, ficarei livre para as candidaturas que têm compromisso com a ética, com sustentabilidade, independente do partido.
Quando questionada sobre a eleição de 2014, ela deixa a pergunta sem uma resposta conclusiva. Prefere apenas dizer que não ficará na “cadeira cativa” de candidato à presidência da República ? em uma referência ao ex-presidente Lula, candidato em três pleitos até ser eleito.
? Não sei se eu serei candidata. O que eu quero é que este movimentos se torne forte, denso.