Lentidão do processo de regularização ambiental preocupa pequenos produtores

Solução pode estar na relação entre os órgãos ligados ao meio ambienteO licenciamento ambiental dos assentamentos preocupa os pequenos produtores, já que sem as licenças, o acesso a créditos oficiais fica comprometido. O problema é que o processo de regularização ambiental é lento. Esbarra, principalmente, na burocracia dos órgãos ambientais. Lideranças do setor querem mudar a situação. A solução pode estar no melhoramento das relações entre os órgãos ligados ao meio ambiente.

Durante encontro realizado em Campo Grande, representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente, do Incra, Ibama e das secretarias de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins discutiram a realidade ambiental de cada região. O objetivo é aprimorar a relação entre os órgãos para que o tempo de espera nos processos de licenciamento se torne menor.

Juntos, os três Estados vão contabilizar 242 solicitações de licenças ambientais neste ano, com um investimento de R$ 2,6 milhões do Incra. O destaque é Mato Grosso do Sul, que já protocolou a sete solicitações de licenças prévias e está perto de cumprir os 17 pedidos de licenças de instalação e operação previstos para este ano. Mesmo assim, é preciso acelerar o andamento dos processos, já que a falta do licenciamento implica em obstáculos para os assentados.

Desde 2006, as exigências ambientais para a criação de assentamentos estão mais rígidas. Duas licenças são necessárias: a prévia, que autoriza a implantação do projeto, e a de instalação e operação, que garante o acesso a recursos para investir no desenvolvimento do local, como por exemplo, a construção de estradas.

De acordo com a resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), todos os assentamentos criados antes de 2006 também devem se adequar às novas regras.