Preço alto dos insumos não deve diminuir área plantada em Goiás

Agricultores de Rio Verde, no sudoeste do Estado, movimentam revendas de insumosA pouco mais de dois meses para a início da safra de verão, agricultores de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, movimentam as revendas de insumos. Os preços estão mais altos do que no passado, mas os produtores acreditam que isso não irá diminuir a área plantada.

Para a safra 2011/2012 uma loja adquiriu 60 mil sacos de sementes de soja. Dos 240 mil quilos, 70% já foram vendidos. Segundo o diretor, Fausto Giroto, a compra antecipada aconteceu por melhores condições do agricultor com relação à safra passada.

Mas neste ano o agricultor vai ter que pagar mais caro. Giroto relata que os insumos estão 20% mais caros, mas acredita que isso não deve reduzir a área plantada. Em Rio Verde foram plantados 270 mil hectares de soja e cinco mil de milho na safra passada.

Em uma cooperativa a compra de fertilizantes também foi antecipada. Segundo a direção, 75% dos agricultores clientes já adquiriram os produtos. Esse percentual é maior do que no mesmo período do ano passado, quando apenas 50% deles já tinham realizado a compra de insumos. De acordo com o presidente da cooperativa, Antônio Chavaglia, a compra antecipada tem duas explicações: os produtores querem garantir melhores preços e também querem evitar atrasos na entrega.

O agricultor Joaquim Marques planta 1.200 hectares de soja em Rio Verde. Já comprou sementes e defensivos, mas resolveu esperar um pouco mais para adquirir fertilizantes. Em média os produtos subiram 20%, mas alguns aumentaram até 50%. Ele conta que está esperando, porque em setembro do ano passado os preços baixaram, se não terá que pagar mais caro.

A corrida por defensivos também está grande. Na empresa de Antônio Martins, 70% do estoque já foi comercializado. Para o diretor, existem maneiras dos agricultores evitarem as oscilações, como ficar atento ao mercado e ainda comprar a vista para ter preços menores.