A família do engenheiro agrônomo Alan Cenci possui mais de seis mil hectares em dois Estados e no Distrito Federal. Metade é usada para produção de grãos e o restante, pecuária. Atividade que exige o manejo do pasto, a um custo que vai de R$ 400 a R$ 1 mil por hectare.
? A gente faz uma recuperação de pastagem de duas formas. Uma é a recuperação mais da parte nutricional. Ela tem um custo um pouco mais baixo, varia entre R$ 400 e R$ 500. Agora, em alguns casos também quando a gente quer fazer a reforma geral da pastagem, às vezes introduzir uma variedade nova, então esse procedimento é mais caro: gira em torno de R$ 800 a R$ 1 mil ? conta o Cenci.
Na propriedade do agrônomo, o investimento para recuperar as pastagens saiu do próprio bolso. Mas já existe uma linha de financiamento específica para isso dentro do programa de Agricultura de Baixo Carbono. A recuperação de pastagens degradadas é só uma das modalidades. Tem empréstimo até para recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de reserva legal.
Cada produtor pode retirar até R$ 1 milhão, com juros de 5,5% ao ano. Para recuperação de pastagens, a carência é de três anos, com mais oito para quitar o financiamento. Na recomposição de APPs e reserva legal, a carência é de 12 anos, e o agricultor tem mais 15 para fazer o pagamento.
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? A gente não tinha conhecimento. Até tem muita coisa que a gente está sabendo agora e acho que era importante ser mais bem divulgado pros agricultores. Até porque tem muita gente interessada em acessar essa linha de crédito ? relata.
Para levar a informação até o produtor rural, o Banco do Brasil está fazendo caravanas pelo país e treinando os gerentes que atendem os agricultores.
? É o melhor projeto de financiamento para o produtor porque ele tem juro baixo, prazos alongados, carência alongada e financia exatamente aquilo que a gente precisa: preservar mais para produzir mais ? explica o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil Osmar Dias.
O financiamento para Agricultura de Baixo Carbono também está disponível para outras atividades. Existem dois telefones para mais informações. Quem mora nas capitais o número é 4004-0001. Nas demais regiões é 0800 729 0001.
