No encontro, que ocorre em Florianópolis, um dos fundadores do Greenpeace, o canadense Patrick Moore, defendeu a energia nuclear e tentou atenuar o tom alarmista do descongelamento das geleiras, contestando os colegas ambientalistas que participaram do evento.
Moore iniciou a palestra recordando o tempo em que participou da fundação do Greenpeace, na década de 1970, quando enfrentava os baleeiros, ficando entre o arpão dos pescadores e o alvo da caça. Naquela época, era também um ferrenho crítico das experiências nucleares.
? Era sempre do contra. Mas passei a buscar o que eu era a favor também, não ficando só no confrontismo, mas propondo coisas ? recordou o pesquisador, que deixou o Greenpeace no final da década de 1980.
Hoje, ao defender a energia nuclear como uma alternativa limpa e segura, Moore diz que errou diante do medo de uma guerra nuclear.
? Os avanços da medicina nuclear provam que estávamos errados.
Moore defende que a energia nuclear e a hidrelétrica são as únicas fontes que não emitem gases poluentes capazes de suprir a demanda atendida pelos combustíveis fósseis poluentes, como o petróleo. Sobre a polêmica em torno da segurança no sistema nuclear, ele citou uma pesquisa que aponta que trabalhar numa usina é tão seguro como trabalhar no mercado imobiliário ou financeiro.