Essas 500 mil toneladas a mais refletiram em um aumento dos estoques finais, cuja estimativa passou de quatro milhões para 4,53 milhões de toneladas. A alteração na produção reflete apenas um ajuste feito pela entidade após a colheita da safra.
A expectativa de processamento foi mantida em 36,2 milhões de toneladas, ante 35,7 milhões no ano anterior. As exportações do grão no ano comercial que vai de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012 estão previstas em 32,4 milhões de toneladas, contra 29,2 milhões no período anterior.
De acordo com Rodrigo Feix, economista da entidade, o processamento não foi elevado apesar da alta na estimativa de produção porque não houve aumento da demanda por farelo e óleo, uma vez que as compras externas estão cada vez mais focadas no grão, como é o caso da China.
? Na nossa avaliação o esmagamento não será elevado. Até porque a demanda externa está buscando cada vez mais a matéria-prima, e não produtos processados ? disse Feix.
O economista destacou, entretanto, que apesar de os estoques finais estarem previstos acima do que foi visto no ano anterior, isso não culminará em uma queda de preços porque a demanda vem crescendo a um ritmo elevado.
Assim, a produção de farelo foi mantida em 27,5 milhões de toneladas, ante 27,15 milhões no ano passado. A produção de óleo continua prevista em sete milhões de toneladas, pouco acima das 6,97 milhões de toneladas em 2010. A previsão de receita com as exportações do complexo soja foi mantida em US$ 22,8 bilhões, 33% maior que os US$ 17,1 bilhões apurados em 2010.