A produção de sêmen bovino relativo às raças de corte atingiu 2,923 milhões de doses no primeiro semestre de 2016, o que representa alta de 62,2%, em relação a igual período do ano passado. Já a produção relativa às raças leiteiras somou 355.801 doses, queda de 33%, na mesma base de comparação. Os dados foram divulgados na tarde desta terça-feira, dia 16, pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).
Já as vendas de sêmen registraram queda, com ligeira retração de 1% entre as raças de corte (2,662 mil de doses) e uma queda mais acentuada, de 27%, entre as leiteiras, para 1,692 mil de doses, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Minas Gerais correspondeu a 32% das vendas dos bovinos de corte. As maiores compras vieram dos estados de Mato Grosso (22%), Mato Grosso do Sul (16%) e Goiás (11%). “É um conjunto de fatores e, dentre eles, está a insegurança do consumidor no primeiro semestre e o baixo valor pago ao leite neste mesmo período, além de toda a instabilidade econômica que o Brasil vive”, afirmou, em nota, o presidente da Asbia, Carlos Vivacqua Carneiro da Luz.
A expectativa é de que haja recuperação do mercado no segundo semestre, pois está faltando reposição de fêmeas de boa qualidade genética no setor leiteiro.
Mercado internacional
As vendas externas de sêmen chegaram a 101,55 mil doses no total. No cenário internacional, o comportamento do mercado foi inverso ao registrado no Brasil. A comercialização de doses das raças leiteiras saltou de 63.928 para 84.659. Os maiores compradores foram Colômbia e Costa Rica. No corte, as vendas caíram de 43.026 doses para 16.895. Os maiores importadores foram Paraguai e Argentina.