A investigação analisou as atividades do Ministério e dos órgãos vinculado à pasta. De acordo com o Ministério da Agricultura, os problemas apontados pelo TCU se referem ao exercício de 2009, durante a gestão do ministro Reinhold Stephanes.
Segundo o TCU, falta controle interno, o que preocupa, já que os funcionários lidam com fiscalização de transações de grande valor, aplicação de multas, apreensão de mercadorias e interdição de estabelecimentos. O relatório questiona ainda a compra de produtos de alimentação animal e uso veterinário para um programa de agro energia de cana-de-açúcar.
Além disso, com recursos de mais de R$ 2 bilhões para esta safra, o Funcafé não conta com um sistema informatizado. Os repasses feitos de forma manual gerariam risco de prejuízo para os cofres públicos e para os produtores. Por meio de nota, o Ministério da Agricultura informou que está trabalhando nas adequações sugeridas pelo TCU.
A Controladoria Geral da União instaurou nesta terça, dia 2, uma auditoria para apurar as denúncias de corrupção veiculadas pela revista Veja, envolvendo a Companhia Nacional de Abastecimento e o Ministério da Agricultura. Na reportagem, o ex-diretor da Conab, Oscar Jucá Neto, afirma que existe um acordo entre o PMDB e o PTB para controlar a estrutura da pasta, a fim de arrecadar dinheiro. A equipe da CGU tem até 30 de setembro para concluir as investigações.
A Associação Nacional dos Empregados da Conab divulgou carta aberta de repúdio às acusações feitas por Jucá Neto. A entidade pretende processar o ex-dirigente. Já o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, confirmou que vai à Câmara dos Deputados nesta quarta, dia 3, dar explicações aos parlamentares.