No domingo, três mudas de árvores nativas do cerrado foram plantadas no gramado em frente ao Congresso: uma de Copaíba, uma de Ipê Roxo e outra de Aroeira, mas a Polícia do Senado retirou todas.
Os policiais respeitaram uma espécie de culto que os manifestantes fizeram informalmente em torno da muda plantada, mas, logo depois, os jovens foram levados para a Delegacia do Senado, sob a alegação de que a perfuração do solo em frente ao Congresso era crime ambiental.
? Fomos tratados com violência. A polícia veio e arrancou as mudas e, não satisfeitos, partiram para a agressão ? afirma Augusto André, de 20 anos, do Rio Grande do Sul.
Além de protestar contra o Código Florestal, os manifestantes querem manter o diálogo com a sociedade que, pare eles, está mal informada em relação ao projeto.
Com o fim do recesso no Congresso, as discussões sobre o novo Código devem ganhar força no Senado. A matéria, que terá que passar por três comissões, poderá ser analisada por uma quarta antes de ir a plenário. Mesmo assim, a expectativa é de que a proposta seja aprovada ainda este ano.
O código florestal aprovado na Câmara dos Deputados, em maio, precisa percorrer um longo caminho no Senado Federal, e a tramitação pode se estender ainda mais. Além de passar pelas Comissões de Constituição e Justiça, Agricultura e Meio Ambiente, foi apresentado um requerimento para que a matéria seja analisada também na Comissão de Ciência e Tecnologia antes de ir a plenário.
O relator da matéria em duas comissões, o senador Luis Henrique da Silveira acredita que a análise em uma quarta comissão pode atrasar a aprovação da matéria.