Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira, as autoridades russas comunicaram aceitar as 37 plantas frigoríficas que não exportam a mais de um ano ou ainda têm que apresentar algumas análises laboratoriais, sem, no entanto, suspender o embargo aos três Estados. Luís Carlos também esclareceu que, com a inclusão dessas 37 unidades, não houve ampliação do volume de embargo ao país.
? Fizemos uma proposta que dividia 88 estabelecimentos para liberação imediata de exportação, pois o problema já havia sido resolvido e 37 que ficariam com restrições temporárias para que pudéssemos avaliar novamente os frigoríficos. Para nossa surpresa houve a publicação da lista das 37, não das 88.
Em correspondência ao Ministério da Agricultura, o Serviço Federal Veterinário da Rússia apontou irregularidades encontradas unidades frigoríficas exportadoras de carne suína, bovina e de aves de oito Estados. As vendas brasileiras de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul estão embargadas desde 15 de junho. E as autoridades russas avisaram que só haverá relaxamento nas restrições quando o Brasil responder, de forma cabal, os porquês da contaminação das carnes por bactérias coliformes, listerias, mofos e micro-organismos aeróbios e anaeróbios. Os russos afirmam tratar-se de “substâncias proibidas e nocivas”.
? Estamos respondendo as informações que sejam possíveis quanto à classificação dos estabelecimentos, e estamos informando que em breve responderemos com mais detalhes, no momento em que recebermos os laudos das análises que foram solicitadas ? afirmou Luiz Carlos de Oliveira.
O departamento de inspeção de produtos de origem animal sugeriu um intercâmbio entre especialistas de laboratórios, para melhorar o trabalho entre os dois países, e aguarda os laudos sobre as vistorias para poder prestar os esclarecimentos.