? Fosse um momento em que houvesse dependência maior dos mecanismos de política agrícola, de intervenções via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), poderíamos ter algum tipo de morosidade adicional em função de um rigor maior nos processos ? disse, após participar da abertura do 10º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo.
Com relação à aparente piora da crise econômico-financeira internacional, Pessôa disse que o cenário montado neste momento causa apreensão, mas no curto prazo.
? No médio e longo prazos, a perspectiva segue positiva. Do ponto de vista do agronegócio, a demanda dos países em desenvolvimento é o que conta, ela cresce e ninguém vai cortar comida porque entrou em crise ? disse.
Ele pondera, no entanto, que ainda é cedo para mensurar o tamanho e os efeitos da crise.
? Se o mundo entrar em recessão, o mínimo que esperamos é que o setor agrícola sofra menos que os outros setores. Aprendemos isso no primeiro mergulho das economias centrais, em 2008 e 2009 ? afirmou.
Pessôa lembrou que, na semana passada, em que a crise se intensificou e houve forte volatilidade em todos os mercados internacionais, a cotação da soja em Chicago caiu cerca de 2%.
? Continuo a trabalhar com a ideia de que temos um choque de demanda, que se fundamenta no processo de urbanização, maior renda nos emergentes ? disse.