No mesmo mês de 2010, havia sido de US$ 19,420 milhões. A Rússia é o principal mercado para a carne suína brasileira, com cerca de 43% do volume (base 2010) e desde o dia 15 de junho restringe as vendas de carne suína, e também bovina e de aves, de frigoríficos de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná.
Considerado o total das exportações brasileiras de carne suína, o desempenho em julho foi 13,28% menor, passando de US$ 108,225 milhões em julho de 2010 para US$ 93,854 milhões neste ano. Em volume, a queda foi de 17,52%, para 36,104 mil toneladas, ante 43,771 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior. O preço médio praticado no período, entretanto, subiu 5,14%, para US$ 2.600 a tonelada.
? Continuamos esperançosos com a rápida solução para o embargo, pois entendemos que se trata mais de uma questão burocrática e de desencontro entre autoridades sanitárias do que de fato uma questão técnica sanitária. É preciso que o Ministério da Agricultura ofereça atenção e prioridade para esta questão e agilize uma solução ? diz o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, em nota.
Acumulado
No acumulado do ano até julho, a receita e os preços ainda mostram desempenho positivo. Em receita, as exportações de suínos subiram 7,74%, passando de US$ 769,526 milhões para US$ 829,121 milhões de janeiro a julho deste ano. Os preços estão 11,48% mais altos, a US$ 2.737 por tonelada, ante US$ 2.455 por tonelada em igual mês do ano passado. Em volume, porém, há queda de 3,35%, para 302,957 mil toneladas. No acumulado de 2010 até julho, os embarques foram de 313,468 mil toneladas.
A Rússia, nesse período, importou 112,646 mil toneladas de carne suína brasileira, redução de 21,07% na comparação com as 142,709 mil toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve diminuição 10,40%, com US$ 351,11 milhões ante US$ 391,86 milhões. Hong Kong, o segundo maior mercado para a proteína brasileira, aumentou 12,70% em volume, passando de 57,387 mil toneladas para 64,676 mil toneladas e, em receita, alta de 32,65%, para US$ 151,310 milhões.
De acordo com a Abipecs, os demais destinos cresceram quando são comparados os meses de julho de 2011 com 2010 e o período de janeiro a julho dos dois anos.
? É, porém, muito difícil, no curto prazo, manter os volumes exportados sem o fim do embargo nos três Estados e mesmo o retorno de outros estabelecimentos que ainda permanecem com suspensão temporária ? declara Camargo Neto.
Para a Argentina, quarto destino dos embarques brasileiros de carne suína, houve uma redução de 5,05% em volume e um aumento de 3,90% em receita, em julho. Como tem dito o presidente da Abipecs, o problema das ameaças de boicote ao produto brasileiro por parte de produtores argentinos se deve mais à falta de competitividade do país vizinho do que a aumentos súbitos das vendas do Brasil.