Para as famílias, a redução foi maior: 3,5% de um mês para o outro, sendo que para as empresas essa retração foi de 2,8%. Os volumes de novas concessões para esses segmentos foram, respectivamente, R$ 50,292 bilhões e R$ 106,965 bilhões. No acumulado do ano, ainda há crescimento na concessão de crédito para as famílias (1,8%) e para as empresas (6,6%).
“O mercado de crédito, embora siga mantendo elevadas taxas de crescimento, tem apresentado arrefecimento no que diz respeito às novas contratações. Esse comportamento esteve associado a alterações nas condições de oferta e demanda, refletindo o desdobramento da crise financeira internacional”, informou o BC.
Segundo dados do BC, o volume de crédito do sistema financeiro brasileiro chegou a R$ 1,186 trilhão, em outubro, o que corresponde a 40,2% do Produto Interno Bruto (PIB) ? soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Esse supera a projeção do Banco Central para o ano de 40%.
Apesar desse volume, de acordo com o Banco Central, “as incertezas relacionadas ao cenário” levaram à retração da oferta de créditos específicos, como adiantamento a exportadores, além de maior seletividade nas concessões. “Nos financiamentos e arrendamentos de veículos [leasing] a pessoas físicas, esse posicionamento resultou na redução de prazos de contração e na exigência de maior aporte de recursos por parte dos tomadores.”
Entretanto, segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, nos oito primeiros dias úteis deste mês, na comparação com o mesmo período de outubro, houve melhora na concessão de crédito. No total, o aumento foi de 5,7%, sendo que para as famílias a alta foi de 14,8% e para as empresas de 1,2%. Segundo ele, as medidas adotadas pelo governo para destravar o crédito estão surtindo efeito.