Produtores retomam produção de algodão no sudoeste da Bahia

Na década de 80, a cotonicultura na região esteve no auge, mas declinou com o surgimento de pragas e adversidades climáticasRevitalizar a cultura do algodão no sudoeste da Bahia, desenvolvida basicamente pela agricultura familiar é o objetivo da Secretaria da Agricultura, que, por meio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e da Empresa Baiana de Pesquisa Agrícola (EBDA), vem implementando ações como o Projeto Fitossanitário do Algodão. Na década de 80, a cotonicultura na região esteve no auge, com mais de 250 mil hectares cultivados e 220 mil empregos gerados. A cultura declinou devido ao surgimento de pr

Atualmente, a área plantada no Vale do Iuiu é de 32,2 mil hectares, gerando aproximadamente 18 mil empregos na época da colheita. De acordo com Celito Breda, secretário executivo da Câmara Setorial do Algodão, “diante do potencial do vale, a área ainda é pequena, mas em relação à safra 2009/2010, que teve 13,6 mil hectares plantados, crescemos em um ano 136%”.

Segundo o secretário da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, “o sudoeste já foi responsável pela produção do algodão do Estado, e o governo trabalha para que a cultura retome o desenvolvimento nesta região, com sustentabilidade.

Na última semana, a câmara setorial reuniu-se no plenário da Câmara de Vereadores de Guanambi para discutir questões como o controle do bicudo na entressafra, utilização de tubos mata bicudo, legislação fitossanitária para o sudoeste, a utilização de novas variedades de algodão, a erradicação de soqueira, além de alternativas para a tecnificação da cultura na região.

Uma das decisões tomadas foi a de solicitar ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a inclusão no Programa Mais Alimentos de equipamentos utilizados na cultura do algodão. O programa permite ao agricultor familiar financiar até R$ 100 mil para a aquisição de um facão a um trator, com juros de 2%, três anos de carência e sete anos para pagar.

? Mas na Bahia o juro é zero para o agricultor, porque quem paga é o governo como forma de estimular a entrada da tecnologia nas pequenas propriedades ? disse Salles.