No caso da Sadia, a ação foi movida em Nova York. A companhia informou que não recebeu os autos do processo, mas já contratou advogados no exterior para cuidar do assunto e garantiu que o mercado vai receber todas as informações. No Brasil, a comissão de valores mobiliários informou que vai investigar uma suspeita de uso de informação privilegiada com ações da Sadia antes da divulgação de perdas de mais de 700 milhões no mercado de câmbio.
Já no caso da Aracruz, acionistas americanos entraram com uma ação civil pública. Eles estariam pedindo indenização por descumprimento de leis americanas de mercado de capitais. A empresa, que perdeu mais de R$ 2 bilhões com derivativos, informou ter tomado conhecimento do caso pela imprensa e garantiu que vai prestar os esclarecimentos necessários assim que for citada oficialmente. No pregão desta quinta, dia 27, na BMeF Bovespa, Sadia ON fechou em baixa de 6,12%, Sadia PN teve alta de 1,48% e Aracruz PNB, baixa de 0,97%.
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Em conversa por telefone com a equipe de reportagem do Canal Rural, o professor de finanças da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Autariais e Financeiras Alexandre Assaf Neto considerou positiva e educativa a atitude dos acionistas americanos da Sadia e da Aracruz. Na avaliação dele, as empresas não foram transparentes ao informar sobre as perdas e a exposição aos riscos do mercado futuro.
A Sadia estaria em busca de um sócio. Apesar de a empresa não confirmar a informação, a Advent informou, por meio da assessoria, que foi procurada por representantes da Sadia interessados em negociar uma participação da companhia. O Advent é fundo de investimento com participação acionária em redes de restaurantes.
