Prêmio Nobel em Economia em 2003, Robert Engle traçou um cenário pessimista para a economia dos Estados Unidos. Não há sinais de aumento das exportações e, com o alto desemprego, os americanos não consomem. Segundo ele, o país precisa de estímulos e até de um pouco de inflação. O problema é que isso depende dos políticos, que, em novembro, devem tomar uma nova decisão sobre a dívida e a situação fiscal do país.
? É preciso esperar até novembro, quando o congresso vai decidir sobre o teto da dívida. a volatilidade deve continuar até lá. Se houver melhora até lá, ela diminui. Se não houver melhora, a volatilidade continua ? explicou Engle.
Economista-chefe de um grande banco brasileiro, Ilan Goldfajn, acredita que a economia europeia está ainda pior que a americana. Para ele, o grande problema foi unir a moeda sem unificar a situação fiscal dos países.
Quanto ao Brasil, economistas participantes do Congresso consideram diversos cenários, do mais otimista ao mais pessimista. Mas, em uma coisa, há um consenso: mesmo com um crescimento moderado da economia brasileira, o agronegócio tem um importante papel na resistência do país à turbulência internacional.
Uma mudança dessa perspectiva dependeria de uma queda acentuada nos preços de commodities, o que, de acordo com os especialistas, não deve ocorrer.