Clima dificulta o avanço da colheita da mandioca e altas persistem

Quantidade processada está 12% menor do que a do período anteriorEntre os dias 22 e 26 de agosto o clima continuou dificultando o avanço da colheita da mandioca nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Bahia, Pará e Alagoas, regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em parte destas, logo após as precipitações da semana anterior, os trabalhos não puderam ser retomados, o que manteve a quantidade processada 12% menor que a do período anterior.

Ao mesmo tempo em que a oferta de raiz é baixa ? principalmente da mandioca de segundo ciclo ?, a demanda industrial tem sido crescente, aumentando a disputa por matéria-prima entre as fecularias e também entre estas e a indústria de farinha. Por sua vez, agricultores seguem com pouco interesse de colheita das raízes de primeiro ciclo, que tem rendimento de amido mais baixo.

Além disso, as expectativas de altas ainda mais expressivas pelo menos até meados de novembro reforçam a postura retraída de produtores. Assim, o ritmo de processamento tem sido constante somente para as empresas que recebem mandioca via contratos.

Neste ambiente, os preços continuaram em trajetória de alta pela décima semana consecutiva. Entre 22 e 26 de agosto, segundo dados do Cepea, o preço médio a prazo da mandioca posta fecularia esteve em R$ 208,74 a tonelada (R$ 0,3630/grama na balança hidrostática de 5 quilos), elevação de 0,9% em relação à semana anterior. A alta acumulada nas dez semanas é de 13,7%.