Sertãozinho é uma cidade com pouco mais de cem mil habitantes que tem seis usinas em operação e mais de 500 indústrias instaladas. Isso dá uma ideia do que o setor sucroalcoleiro representa para a região. No país, é o maior polo produtor de cana. E o foco não poderia ser outro, senão a produção. O Brasil tem hoje 600 milhões de toneladas de cana e, nos próximos dez anos, quer aumentar a produção em mais 400 milhões de toneladas. Mas para isso é preciso investimento: R$ 80 bilhões até 2021.
Outra dificuldade apontada, durante fórum que discutiu o futuro do etanol na feira, é a carga tributária brasileira, que castiga o setor. Segundo especialistas, fica difícil competir com outros países.
O presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis, reforça a importância neste processo das indústrias de base, que fornecem equipamentos modernos para as usinas, que são penalizadas com os tributos.
As dificuldades não desanimam o presidente da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank. Ele acredita que pelos próximos dez anos o setor tem tudo para crescer. Mas para isso precisa de mais investimento, mais usinas e mais incentivos.