Presidente da Brasil Foods atribui embargo russo à burocracia do país

Segundo José Antônio do Prado Fay, restrições se devem a questões que estão fora do negócio, como a barganha da Rússia em busca de apoio para ingressar na OMCO presidente da BRF Brasil Foods, José Antônio do Prado Fay, que nesta quinta, dia 8, se reuniu com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, afirmou que o impasse em torno do embargo da Rússia às carnes brasileiras se deve à "burocracia do serviço sanitário russo". Na opinião do dirigente, as restrições se devem a questões que estão fora do negócio, como a barganha da Rússia em busca de apoio para ingressar na Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele afirmou que audiência desta quinta

Fay se mostrou cético em relação à ida de mais uma missão oficial à Rússia, possibilidade aventada na última terça, dia 6, por Mendes Ribeiro. Ele lembrou que há três meses, logo após o anúncio do embargo, o vice-presidente Michel Temer liderou uma missão oficial e mesmo assim os entraves continuam.

? Temos que dar tempo ao tempo, pois é assim que as coisas funcionam com a Rússia ? disse Fay.

Ele disse que desde o início do embargo já esperava que a questão não seria resolvida em menos de seis meses. Embora acredite que os problemas serão solucionados ainda neste ano, Fay lembrou que, durante o inverno russo, os portos fecham por causa do congelamento.

Ele disse que a BRF já tomou medidas de negócios, redirecionando suas exportações, para “passar um período sem a Rússia”. Segundo ele, existem oportunidades, como a possibilidade de abertura do mercado japonês para as exportações de carne suína de Santa Catarina. No final do mês passado, uma missão de veterinários japoneses realizou auditorias em frigoríficos, granjas e instalações da defesa agropecuária.

Cade

Em relação às negociações para a venda de ativos determinada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, Fay afirmou que a empresa está trabalhando com os prazos. Conforme a decisão do Cade no julgamento da compra da Sadia pela Perdigão, a BRF tem até março do próximo ano para se desfazer de um terço de seus ativos.

? Temos nomeado o Banco Pactual que é nosso representante neste negócio e está trabalhando uma venda normal ? disse.