? As coisas acontecem, causam um impacto e aí a gente tem que dar um passo à frente. Tem que haver aprofundamento dessas questões, porque pega fogo todo ano. Que trabalhos são necessários a médio e longo prazo para que a gente tenha uma base real de trabalhar o bioma de forma mais correta, com entendimento da sua importância? Essa reflexão é que fica ? comentou.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Cerrado, considerado segundo maior bioma brasileiro, perdeu 49% da cobertura original. A área inicial de mais de dois milhões de quilômetros quadrados (km²) foi reduzida a um milhão de km².
Segundo Genitlini, ainda não é possível mensurar o total da área do parque que foi atingida.
? Será feito um sobrevoo porque as áreas que não foram queimadas ainda sofrem risco ? disse.
O diretor também destacou que é preciso conscientizar a população.
? É necessário tratar o entorno da estação ecológica, que está dentro da área urbana, de forma mais cuidadosa. Ter mais cuidado com a questão de colocar fogo sem má intenção, mas que toma grandes proporções e viram uma catástrofe como a que aconteceu ? completou.
Para aumentar a conscientização, a área incendiada será incluída nas visitações.
? Vamos incluir na visitação a parte que pegou fogo para as pessoas terem noção do que é e como fica. É um trabalho de formiguinha, mas se criarmos um grupo com a sociedade civil, os parlamentos e o governo a gente consegue ? acrescentou Gentilini.
O evento também contou com a participação do diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Medeiros, que defende a inclusão do Cerrado como patrimônio nacional, assim como ocorre com a Amazônia e a Mata Atlântica.
? Estamos trabalhando pelo reconhecimento do Cerrado como patrimônio nacional ? declarou Medeiros.