O produtor José Rodrigues trata com cuidado do cafezal herdado do avô. Os pés tem 70 anos de idade e com adubação natural e tratamento químico seguem produzindo. Por ter insistido na cultura, o trabalho tem recompensando o produtor.
? A geada derrubou a produção, mas o que ficou está sendo bem pago ? relata.
Segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, em julho o produtor recebeu em média R$ 403 pela saca. Valorização de 93% sobre o preço médio de quatro anos, quando a média não passava de R$ 210.
A baixa nos estoques mundiais e a falta do produto na Colômbia, causadas pela ferrugem nos cafezais, proporcionou uma demanda maior pelo café brasileiro, aponta o especialista Carlos Amaral Monteiro.
? Como o consumo mundial aumentou, e falta produto no mercado os preços dispararam ? ressalta.
E quem apostar na cultura pode ter uma rentabilidade, semelhante a da safra atual, analisa o corretor.
? Se todo mundo plantar ao mesmo tempo, vai dar excesso. Nos próximos três anos a Colômbia não se recupera da ferrugem, e os preços devem se manter nesses patamares ? conclui Monteiro.