O Terminal Intermodal de Pirapora, construído pela Vale/Ferrovia Centro Atlântica (FCA), começou a operar em 2009, depois da reativação do ramal ferroviário que liga Pirapora a Corinto. De acordo com o analista de mercado da Vale, William de Almeida, a maior eficiência é resultado de uma pera ferroviária ? trecho de linha com formato semelhante ao da fruta, também conhecido como reverse loop ? que praticamente elimina a necessidade de manobras para embarque de carga no pátio.
A estrutura possibilitou a redução do tempo de permanência dos vagões vazios no pátio, que era de mais de 30 horas, para menos de 6 horas. Com investimento de aproximadamente R$ 9 milhões, a pera ferroviária tem 3,4 km de extensão, e está em operação desde junho deste ano.
O terminal faz parte do programa Pró-Noroeste, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa MG), Federação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Faemg) e Banco do Brasil, com o objetivo de ampliar o escoamento da produção e a exportação de grãos do Noroeste de Minas, principal região produtora do Estado.
Segundo a Seapa, no caso do milho, a produção da região na safra 2010/2011 foi de 1,1 milhão de toneladas, volume equivalente a 17% da produção mineira do grão. A soja alcançou, no Noroeste, uma safra de 1 milhão de toneladas, cerca de 37% da produção estadual. Estudos indicam que ainda há cerca de 2,5 milhões de hectares com potencial para plantio no Noroeste.
Para a Seapa, o cenário mundial, marcado pela redução dos estoques de grãos, é favorável ao aumento da produção de soja e milho. O secretário Elmiro Nascimento afirma que a utilização do Terminal Intermodal de Pirapora é um dos fatores que tem favorecido as exportações mineiras de grãos.
Em 2010, a partir do corredor logístico, Minas embarcou 521 mil toneladas de soja e 122 mil toneladas de milho para o mercado externo. Neste ano, deve ser escoado o volume recorde de aproximadamente 750 mil toneladas de grãos.