? Temos convicção que isso vai ajudar muito. Essa prorrogação é pelo tempo necessário para vencer o ciclo de 14 dias. A operação vai ficar em todo o continente, o que nós estamos estudando é quais as fronteiras em que elas vão permanecer ? disse Mendes Ribeiro.
Segundo o ministro, a meta do governo federal é erradicar a doença no Brasil até o final de 2012.
? É a nossa vontade até o fim do próximo ano erradicar a doença. Com a determinação da presidente Dilma, em conjunto com os governos estaduais, fazermos todos os esforços para vencer riscos altos, médios e baixos que existem no nosso Norte e Nordeste e chegar a esse objetivo ? afirmou Mendes Ribeiro.
Segundo o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, o momento não é de preocupação porque a situação no Paraguai está estabilizada.
? Felizmente não tivemos outros focos, a febre aftosa está localizada naquela região do Paraguai. Vivemos uma situação de muito mais tranquilidade, fruto dos investimentos em defesa sanitária animal e dos recursos humanos e materiais investidos ? apontou o secretário.
O Rio Grande do Sul deve começar uma contagem de animais nas áreas de risco em propriedades localizadas na região dos municípios entre Garruchos e Barra do Guarita, na região noroeste do Estado.
Em Santa Catarina, a preocupação é maior porque o Estado tem status livre de aftosa sem vacinação. O secretário de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, João Rodrigues, acredita que as medidas implantadas devem ser suficientes para garantir a tranquilidade em relação à entrada do vírus da febre aftosa no Estado.
? Reforçarmos o nosso pessoal principalmente nas divisas com o Paraná e a Argentina. Colocamos a Polícia Militar em todos os pontos e estamos tendo o apoio do Exército Brasileiro na operação Ágata. Baixamos agora uma portaria proibindo a importação de grãos e frutas in natura do Paraguai, além das carnes que já estão proibidas por uma ação do Ministério da Agricultura ? disse Rodrigues.
Após a confirmação do foco de febre aftosa no Paraguai, o governo de Santa Catarina decretou estado de alerta sanitário e colocou 67 barreiras nas divisas com Paraná e Rio Grande do Sul e também na fronteira com a Argentina. Técnicos dos Estados que compõe o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) ? Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul ? permanecem em contato diário através de teleconferências.