Os gaúchos realizarão um protesto contra a venda irregular de cigarros do Paraguai, que provoca, anualmente, um prejuízo estimado em R$ 2 bilhões para a economia brasileira.
? Além disso, por ser fabricado em fundo de quintal, sem nenhum tipo de controle, causa ainda mais prejuízos à saúde ? explicou Mainardi.
Antes, ao participar do 37º Diálogo Político, que reuniu mais de 300 fumicultores da região do Alto da Serra do Botucaraí, Luiz Fernando Mainardi, defendeu a diversificação de atividades dos plantadores de fumo. O seminário, organizado pela Souza Cruz, debateu a sustentabilidade dos produtores.
Conforme Mainardi, os mais de 70 mil agricultores que atuam na área, responsáveis pela geração de um grande volume de impostos, devem se considerar produtores rurais e buscar outras alternativas de produção, para complementar a renda e minimizar os efeitos da Convenção Quadro, que busca reduzir o consumo do fumo a nível mundial e, consequentemente, do plantio.
O governo do Rio Grande do Sul, assegurou Mainardi, é parceiro para estimular e viabilizar a reconversão, com programas de assistência técnica e apoio na recuperação dos solos. A posição foi bem recebida pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barros Cassal. Segundo Eusébio Borin, é necessário corrigir a acidez dos solos, hoje empobrecidos, visando aumentar a fertilidade e permitir o cultivo de outras culturas.
Participaram do encontro os prefeitos dos municípios de Alto da Serra, Barros Cassal, Campos Borges, Ernestina, Espumoso, Fontoura Xavier, Gramado Xavier, Mormaço, Nicolau Vergueiro, São José do Herval, Soledade e Tio Hugo, que integram a Associação dos Municípios do Alto da Serra do Botucaraí.