Cidade paraguaia localizada na fronteira entre Paraná e Mato Grosso do Sul apresenta tranquilidade em relação à febre aftosa

Salto del Guairá, no Sudeste do Paraguai, considera reação brasileira exageradaA cidade Salto del Guairá, no Sudeste do Paraguai, vive do comércio de importados. O local enfrenta um momento de fraco movimento devido a alta repentina do dólar. Entretanto, nos jornais paraguaios vemos uma preocupação com outra crise: a febre aftosa, que está estampada em diversas publicações. Alguns jornais chamam de radicalismo as medidas adotadas por Santa Catarina, que decretou alerta sanitário. Outros dizem que os exportadores estão desesperados.

Em Salto del Guaíra e em todo departamento de Canindeyú não é possível encontrar técnicos do serviço nacional de saúde animal. Eles estão na cidade de San Pedro, onde surgiu o foco de febre aftosa, auxiliando no abate dos animais.

A vacinação contra a aftosa no Paraguai acabou no dia 15 deste mês. O chefe de gabinete da prefeitura da cidade paraguaia, Julio Ibarrola, diz que o departamento está tranquilo, que não há aftosa na região. Ele está seguro de que o serviço de saúde animal está cuidando para que a doença não se espalhe pelo país.

O produtor de gado Juan Noguera possui um açougue em Salto del Guaíra. Atualmente, o quilo da picanha custa R$ 18. Ele acredita que dentro de 30 dias vai ser possível avaliar as consequencias da aftosa. O produtor prevê que vai pagar menos pelo excedente que não pode ser exportado, mas para o consumidor final, no mercado interno, não deve haver mudanças.

Ele afirma que os brasileiros gostam da picanha e da carne sem osso do Paraguai. Há também os brasileiros que possuem propriedades em solo paraguaio e insistem em levar um pedacinho para o Brasil. Para impedir a entrada do gado e produtos de origem animal, o Ministério da Agricultura intensificou a fiscalização na zona de fronteira.

? Desde o momento que começou o foco de aftosa , as equipes aumentaram. A partir de segunda, dia 26, vamos receber reforço de Campo Grande (MS), principalmente nas estradas vicinais, que é por onde acontece o descaminho ? afirma o engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura, Carlos Green.