A reunião teve a participação dos senadores que estão no comando dos debates nas Comissões de Agricultura e Meio Ambiente. As lideranças que integram o conselho superior de agronegócio da Fiesp ouviram dos parlamentares os detalhes sobre a tramitação do projeto que altera o Código Florestal.
O relator da proposta na Comissão de Agricultura do Senado informou que 92 emendas foram sugeridas. Luiz Henrique da Silveira disse que todas devem ser analisadas pelos parlamentares, para que sejam aproveitadas aquelas que de alguma forma possam melhorar o texto. O senador lembrou que a proposta já foi aprovada por cerca de 80% dos deputados na Câmara Federal.
? Os pontos polêmicos foram reduzidos na Câmara dos Deputados. Ainda há 10 ou 15 pontos que devem se resumir a quatro ou cinco. Se não chegarmos a um acordo, votaremos em plenário ? afirmou o relator.
Na mesma reunião, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, passou a presidência do Cosag para o ex-secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio. O novo presidente falou que o Cosag ainda pode contribuir com a discussão do Código Florestal.
O ministro da Agricultura elogiou o trabalho que vem sendo realizado pelos senadores e também demonstrou otimismo em relação à aprovação do texto. No entanto, ele admitiu falhas no projeto aprovado pela Câmara, o que agora deve ser corrigido no Senado.
Mendes Ribeiro afirmou ainda que torce para que o projeto de lei que promove mudanças no Código Florestal seja aprovado o mais rápido possível pelo Senado. Segundo ele, aprovar integralmente o texto é tornar válido um documento que seja como todos os brasileiros desejam.
? Nós temos que continuar produzindo com sustentabilidade. Acredito que o Senado tem feito esse trabalho de forma maravilhosa. O entendimento está sendo buscado em todos os instantes. Existem entraves onde se quiser encontrar, porque é uma área conflitante, mas vamos chegar ao entendimento ? apontou o ministro.
Segundo Mendes Ribeiro, não existem ruralistas nem ambientalistas e sim brasileiros que produzem e desejam que o país chegue a um acordo sobre o Código Florestal.
? Nós estamos caminhando em busca do entendimento porque ele se faz necessário. O consenso é o de que não haja conflito. Onde há discussão e briga o país perde ? disse.
Para o ministro, não existem diferenças entre os interesses quando se trata da aprovação do código.