ABN Amro estima excedente mundial de 6,4 milhões de toneladas de açúcar em 2011/2012

China deverá permanecer como um importante país importador do açúcar brasileiroUma safra brasileira de cana-de-açúcar de 35 milhões de toneladas deverá deixar o mercado internacional de açúcar com um excedente de 6,4 milhões de toneladas em 2011/2012, de acordo com avaliação do banco ABN Amro.

Em sua segunda estimativa para a safra 2011/2012, o banco apontou a produção mundial na temporada em 174,01 milhões de toneladas de açúcar bruto, contra um consumo mundial de 167,61 milhões de toneladas.

A instituição financeira não deu muita importância ao ressurgimento do fenômeno climático La Niña, que poderia reduzir as produções da Austrália ou Indonésia e elevar as perspectivas de colheita na Tailândia, Índia e Europa.

Os preços internacionais do açúcar deverão arrefecer nos seis meses entre o último trimestre de 2011 e o final do primeiro trimestre de 2012, afirmou o banco em relatório divulgado nesta sexta, dia 30, mas muito ainda dependerá de fatores climáticos e da possibilidade de aquisições da China.

Para o ABN Amro, a China “está lentamente, mas seguramente” consumindo as reservas oficiais, em uma tentativa de limitar a elevação dos preços domésticos e manter a inflação dos alimentos sob controle.

Ainda assim, o banco aponta que a China deverá permanecer como um importante país importador de açúcar, ao menos que os preços internacionais subam novamente e alcancem o patamar dos 30 centavos de dólar por libra-peso, momento em que as compras seriam interrompidas, mesmo sob risco de elevar a inflação dos alimentos.

A Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional divulgou nesta sexta, um alerta as usinas de moagem e ordenou que algumas vendessem seus estoques por preços pré-determinados.

Segundo o ABN Amro, apesar da habilidade da Índia de exportar açúcar em 2011/2012, abriga entre o governo central do país, que limita a exportação como medida de controle da inflação, e os produtores de açúcar, que buscam lucrar com os altos preços internacionais, “não deverá ser resolvida tão cedo”, concluiu a instituição.