Quanto à gasolina, o combustível deixou o terreno negativo em que estava, mostrando aumento de 0,37% em setembro. Em agosto, havia apurado deflação de 0,11%.
Apesar do comportamento desfavorável dos dois combustíveis, o grupo Transportes apresentou desaceleração entre agosto e setembro, ao passar de 0,12% para 0,06%. No mesmo período de comparação, a taxa geral de inflação registrada pelo IPC da Fipe na cidade de São Paulo passou de 0,39% para 0,25%. Outros itens dentro de Transportes, em contrapartida, tiveram desempenho benigno, como aquisição de veículo (de 0,14% para -0,40%) e outras despesas com transportes (0,20% para 0,02%).
A expectativa do coordenador-adjunto do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima, é de que os preços do etanol continuem avançando nas próximas semanas, por causa do período de entressafra e a despeito da queda da demanda pelo produto em razão dos preços elevados. Com isso, a expectativa é de que o grupo Transportes também ganhe força em outubro, fechando o mês com variação de 0,37%.
De acordo com o coordenador-adjunto, a redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina, válida desde o dia 27 de setembro, não deve produzir efeito sobre o IPC.
? A mudança foi muito pequena ? alegou Costa Lima, argumentando ainda que o efeito da alteração na mistura de anidro na gasolina de 25% para 20% a partir de 1º de outubro é desfavorável sobre os preços no curto prazo.
O governo baixou de R$ 0,23 por litro para R$ 0,19 por litro a Cide sobre a gasolina.