Agricultores familiares de Minas Gerais e na Bahia recebem sementes do governo

Embrapa é responsável pela distribuição e capacitação dos técnicos que vão orientar os produtores do Programa Brasil Sem MisériaAgricultores familiares de Minas Gerais e da Bahia já estão recebendo as primeiras sementes distribuídas pelo Programa Brasil Sem Miséria. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é responsável por desenvolver as sementes e entregar às famílias de agricultores em situação de extrema pobreza.

A ideia do programa é fomentar a inclusão produtiva dessas famílias e fazer com que elas possam produzir seu próprio alimento. As primeiras sementes distribuídas foram de feijão e milho, mas as hortaliças também farão parte do programa.

A Embrapa é responsável também pela orientação aos agricultores em relação ao uso correto dessas sementes. De acordo com a gerente adjunta de sementes e mudas da Embrapa Transferência e Tecnologia, Soraya Carvalho de Araújo, a ideia é contratar um técnico orientador para cada 80 famílias participantes do programa. Os produtores recebem as sementes e a orientação, com uso de folders e treinamento com os técnicos.

? A Embrapa capacita os técnicos que farão o treinamento junto aos produtores através de cursos preparatórios e distribuição de material bibliográfico . Esses técnicos serão orientados pelos responsáveis pela produção dessas sementes ? explicou Soraya.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) aponta as regiões onde as sementes devem ser distribuídas. De acordo com Soraya, as famílias que farão parte do programa recebem até R$ 70 de renda mensal e não possuem atendimento por nenhum outro programa do governo.

? As sementes são básicas e de alta qualidade, devem atender a produção própria por mais de uma safra para garantir que as famílias terão o alimento por mais de uma colheita ? apontou a gerente.

As sementes produzidas pela Embrapa foram específicas para a região a ser atendida. São variedades adaptadas às condições climáticas da região, atendendo as condições do semi-árido, são resistentes à seca e não exigem muita tecnologia na sua produção.

Neste ano o programa vai atender a região do semi-árido nordestino que foi a primeira indicada pelo MDA. Em 2012 o programa deve ser estendido para outras áreas.

Assista o vídeo com a entrevista completa: