O projeto Agrosuíno conduzido pela Embrapa Solos em parceria com a Universidade de Rio Verde, desenvolveu o processo de tratamento dos dejetos da suinocultura e posterior granulação desse material, resultando em fertilizante organomineral granulado, para utilização em sistemas de produção de grãos, em plantadeiras tradicionais.
Os dejetos normalmente passam por tratamentos sanitários e são posteriormente utilizados como fertilizantes. Contudo, grande parte dos nutrientes presentes nesses dejetos são perdidos, seja por problemas de aplicação, pelo uso desbalanceado, ou pela falta de planejamento correto para seu aproveitamento. Com a técnica de compostagem e granulação promove-se o balanceamento correto de nutrientes no fertilizante e ele pode ser utilizado normalmente, sem a necessidade de equipamentos especiais.
O processo de produção de fertilizantes organominerais começa na preparação das matérias-primas. Inicialmente, a cama deve ser triturada e misturada à fonte mineral, no caso, o monoamônio fosfato (MAP). Após a mistura, o material é colocado no granulador, onde ocorre a formação dos grânulos. Uma vez formados os grânulos, o material deve ser seco e posteriormente peneirado. Com isso, ganha o produtor, que agrega valor ao resíduo da suinocultura, ganha a indústria, que permite destino adequado a este resíduo, e ganha a sociedade, com a redução dos impactos ambientais causados pela suinocultura e pela redução da necessidade de importação de insumos minerais não renováveis.
? Com o domínio das bases tecnológicas de produção de fertilizantes organominerais granulados, diferentes inovações podem ser pensadas, como, por exemplo, a associação de micronutrientes aos fertilizantes, utilização de outros resíduos, ou associação de microrganismos funcionais aos fertilizantes ? afirma o pesquisador e líder do projeto Agrosuíno, Vinícius Benites.
Não perca o programa! É nesta sexta, às 9h30min.