Os mineiros sempre tiveram no cardápio a carne suína com todo o tempero regional. Não é por acaso que enquanto o consumo per capta no país é de 14,7 quilos. A estimativa é que na mesa mineira este ano a média alcance 25 quilos por habitante, segundo dados da Secretaria Estadual de Agricultura.
Na última década aumentaram os investimentos em novos cortes de suínos, alavancando o mercado. Os supermercadistas revelam que as vendas de carne suína estão aceleradas e registraram um aumento de 20% em relação ao ano passado, enquanto que as de ave crescem em ritmo menor e as de boi estão estagnadas. O bom momento reflete em toda cadeia produtiva.
De acordo com a Associação dos Suinocultores de Minas Gerais, o aquecimento no consumo está fortalecendo os investimentos no campo. O plantel no Estado é de 240 mil matrizes e uma produção aproximada de 513 mil toneladas por ano. Os criadores estão estimulados e investem na produtividade que depende de muita técnica e mão de obra capacitada.
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O criador Luiz Vasconcelos tem 5,4 mil matrizes. No ano passado produziu 125 mil leitões. Entrega lotes semanais para os criadores que fazem a terminação. Ele estima que deve ampliar a produção em 3%. O mercado vem respondendo, trabalha no sistema de integração. No ano passado ele recebia entre R$ 25 e R$ 27 por leitão, hoje ganha entre R$ 32 e R$ 33 reais. Só não está melhor por causa da alta nos custos de produção.
O criador vê neste bom momento uma mudança por parte do governo que vem estimulando o setor e as parcerias com redes de supermercados, conquistando novos consumidores.
