De acordo com a secretária Samyra Crespo, o objetivo da série é compartilhar conhecimentos e disseminar informações acerca da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada para o período de 4 a 6 de junho de 2012, no Rio de Janeiro.
? Acho que é obrigação de todo gestor público conhecer os objetivos da Rio+20 ? disse.
ao abrir o evento, que também contou com a participação do , Fernando Lyrio; da coordenadora do Pnuma no Brasil, Denise Hamú; e do professor da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Guimarães.
Cada encontro da série tratará de um tema a ser debatido durante a conferência da ONU. Neste primeiro, os participantes puderam entender o conceito de “economia verde” e o contexto internacional em que ele se insere.
? É uma discussão bastante rica, mas também muito complexa ? resumiu o assessor extraordinário do MMA para a Rio+20, Fernando Lyrio.
Segundo Lyrio, há países que ainda recusam a noção de uma “economia verde” e não aceitam que as questões econômicas sejam misturadas com as ambientais.
O assessor extraordinário do MMA para a Rio+20 lembrou, ainda, que o tema da conferência é desenvolvimento sustentável, e não meio ambiente ? o que acarreta o envolvimento de diversos outros atores, além de organizações ligadas à área ambiental. Lyrio explicou também que, além de “economia verde”, a Rio+20 vai debater a estrutura de governança para o desenvolvimento sustentável no âmbito das Nações Unidas.
A coordenadora do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no Brasil, Denise Hamú, apresentou estudo realizado pelo órgão sobre “economia verde”. A publicação, intitulada Rumo a uma Economia Verde, está entre as contribuições-chave do PNUMA ao processo Rio+20.
O relatório apresenta argumentos econômicos e sociais sobre o investimento de 2% do PIB mundial para tornar “verde” setores estratégicos da economia, de forma a redirecionar o desenvolvimento e desencadear um fluxo público e privado rumo à baixa emissão de carbono e a um caminho de uso eficiente de recursos.
? Estamos apostando muito nessa conferência ? contou.
Denise disse esperar que durante a Rio+20 o Brasil reafirme sua liderança nas questões ambientais, inclusive na transição para economias mais “verdes”.
Crítico à utilização de conceitos vazios de significado prático, o professor da FGV Roberto Guimarães disse acreditar que, mais importante que esperar os resultados da Rio+20, é mostrar que a “economia verde” já possui todas as bases para se tornar realidade ? e, segundo ele, o Brasil pode exercer esse papel durante a conferência.
? O Brasil não sabe o poder que tem. Somos a “bola da vez”. O mundo olha para nós como nunca antes ? argumentou.