Apesar do embargo russo, mercado interno de carne suína garante cotação estável

Segundo avaliação da ABCS, mercado interno tem reagido positivamente ao aumento de oferta e está absorvendo produtos excedentes derivados do embargoResponsável por 43% das exportações em 2010, a Rússia abalou o mercado brasileiro quando anunciou o embargo às carnes suínas. Hoje, após mais de 100 dias de restrições, o mercado interno tem reagido positivamente ao aumento de oferta, absorvendo todos os produtos excedentes derivados do embargo, segundo avaliação da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), através do boletim Mercado & Cotações.

Aliado a isso, o aumento das exportações para os já compradores da carne suína brasileira, Hong Kong e Ucrânia, que juntos compraram cerca de 10% a mais se comparado ao ano anterior, vêm proporcionando estabilidade nas cotações de suínos vivos nas últimas semanas.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), de janeiro a setembro de 2011, o Brasil exportou 5,32% a menos que no mesmo período do ano passado. Isso confirma, mais uma vez, o poder de crescimento do mercado doméstico e o gosto que o brasileiro vem desenvolvendo pela carne suína, absorvendo todo o excedente.

Na última semana, por exemplo, o mercado de São Paulo apresentou estabilidade nos preços de comercialização. Segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), os valores fecharam em 54 arrobas, o equivalente a R$  2,88 o quilo do suíno. Em Minas Gerais, a bolsa apresentou alteração de R$0,10 no quilo do suíno vivo, passando para R$ 3,10 o quilo, segundo dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

No Rio Grande do Sul, o preço médio do suíno no mercado independente subiu cinco centavos nesta semana, cotado a R$ 2,48 o quilo, como informou a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). Já a saca de milho teve estabilidade, cotada a R$ 27,55, e o preço de farelo de soja baixou e chegou a R$ 666,67 a tonelada.

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