O engenheiro agrônomo Rodrigo Dezordi se formou há quatro anos e desde então praticamente assumiu o controle da fazenda, em Chapada dos Guimarães. Hoje é cada vez mais difícil conseguir tempo para monitorar constantemente a área de 800 hectares, onde são plantados soja e algodão. Mas sempre que pode ele mata a saudade do campo e da profissão que escolheu.
O jovem produtor rural é engenheiro agrônomo. Cursou a universidade pensando em contribuir no dia a dia da propriedade da família. Só que por muito pouco não mudou os planos. Ele conta que na época em que se formou a oferta de emprego era tão grande que teve que pensar duas vezes antes de recusar propostas de trabalho.
A grande oferta de vagas na área tem uma explicação lógica. Maior produtor de soja, milho safrinha, algodão e dono do maior rebanho bovino do Brasil, Mato Grosso é um campo vasto para agrônomos. Tanto que muita gente de fora muda de vida para aproveitar as oportunidades que surgem no Estado.
Foi o que fez o engenheiro agrônomo mineiro Rodrigo Botelho. Há três anos ele trabalha em uma revenda agrícola e presta assistência técnica em Sinop.
Para se ter uma ideia do quanto a atividade tem forte presença em mato grosso basta analisar o número de engenheiros agrônomos registrados no Crea. São exatamente 6,404 mil profissionais atuando no Estado. Apenas 634 pessoas a menos que a soma de todos os engenheiros elétricos, civis e arquitetos credenciados no conselho.
De acordo com o vice-presidente da entidade, Luiz Nery Ribas, pelo menos 50% vieram de outros Estados e encontraram amplo espaço para trabalhar. Para ele, ao contrário do que possa parecer, o mercado não está saturado. Aliás, diante da necessidade das atividades agropecuárias serem cada vez mais eficientes, a oportunidade de emprego na área não deve ficar menor.
? O campo de atuação para agrônomos é vasto, são vários temas em que o profissional pode atuar, e o mercado não deve ser reduzido no futuro.
E é a convicção de que haverá sempre espaço para bons profissionais, que motiva o consultor agrícola, Alexandre Lopes, a dar sequência a um projeto pessoal. Agricultor e técnico agrícola formado, ele é sócio de uma consultoria que atende pelo menos 30 fazendas em Campo Verde. Mesmo conhecendo bem as técnicas do campo, quer concluir a faculdade de agronomia e se tornar mais um a também comemorar o dia doze de outubro.