A Embrapa Gado de Leite e a Universidade Federal de Juiz de Fora investigam a influência do chamado Ácido Linoléico Conjugado (CLA) na melhoria da qualidade da gordura do leite. Há três décadas, o CLA já é de conhecimento da comunidade científica internacional e seus benefícios para a saúde humana são muitos: ele teria capacidade de combater alguns tipos de câncer, ajudar na prevenção da aterosclerose e do diabetes do tipo 2.
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O CLA é um dos ácidos graxos presentes na gordura do leite dos ruminantes. O que os pesquisadores têm feito é aumentar o teor de CLA no leite produzido pelos ruminantes. Para que isto aconteça, interfere-se na dieta das vacas, introduzindo óleo vegetal à ração. Nas pesquisas conduzidas pela Embrapa Gado de Leite, trabalha-se com o óleo de soja ou o de girassol. Os trabalhos iniciais testaram a manipulação da dieta utilizando forrageiras tropicais (no caso, o capim elefante). Os melhores resultados foram obtidos com a adição de 4,5% de óleo de soja ou girassol na dieta misturados ao concentrado. Nestas condições, os resultados foram promissores – aumento de até 400% de CLA no leite, diminuição de 33% dos ácidos de cadeia média, entre eles o ácido palmítico (prejudicial ao coração) e aumento de 11% do ácido oléico (encontrado no azeite de oliva, benéfico à saúde humana).
