O Brasil tem hoje um trabalho reconhecido em pesquisa e um estoque de informações preciosas que, muitas vezes, fica dentro das universidades e centros tecnológicos. Esse conhecimento pode colaborar muito com questões discutidas nos meios influentes da política, que tem nas mãos o poder de decidir. De acordo com o coordenador do Núcleo de Agronegócio da ESPM, José Luiz Tejon, o setor de agronegócio precisa de mais diálogo.
? Existe uma lacuna grande principalmente no setor da agropecuária com a sociedade urbana, o cidadão local ? aponta Tejon.
Nesse sentido foi criado o conselho, para melhorar a comunicação, encurtar distâncias e fazer com que a informação chegue à sociedade. São profissionais ligados ao agronegócio que, nos meios onde trabalham, vão promover debates que devem contribuir com questões polêmicas que envolvem o setor.
? Nós precisávamos de uma entidade, de uma organização independente que tenha visão científica, tenha uma visão do agronegócio em função do mundo tropical, diferente da visão de outros países. O Conselho vem em uma hora importante ? disse o analista de mercado e vice-presidente da Associação Brasileira de Agronegócio (Abag), Caio Carvalho.
Uma das ações mais fortes do conselho vai ser o acompanhamento da discussão do Código Florestal, que deverá ser votado no Senado até o fim do ano. Com a participação do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), o Conselho pretende levar até o meio político informações que não privilegiem nenhum dos lados.
O material produzido pelo Conselho Científico de Agricultura Sustentável ficará à disposição da população no portal da entidade.