Investir na recuperação do pasto pode trazer bons resultados aos pecuaristas

Os números mostram que 93% do rebanho brasileiro são criados a pasto. Realidade que persiste apesar do crescente uso do confinamento. Mas, por outro lado, os dados mostram também que 100 milhões de hectares de pasto, em todo o país, estão degradados, o que corresponde a metade de toda a área destinada a criação de gado. Situação que exige do pecuarista uma atitude às vezes difícil; investir na recuperação do pasto para garantir maior produtividade. O uso de fertilizantes é um dos passos indicados, mas ainda pouco explorado.

Recuperar o pasto pode custar de R$ 400 a R$ 1.300 por hectare segundo dados da Embrapa. Só com adubo o pecuarista vai gastar cerca de R$ 200 por hectare. Um investimento alto, não resta dúvida, mas que pode trazer bons resultados se bem planejado. Antes de gastar dinheiro com a compra do fertilizante o produtor precisa conhecer bem as reais necessidades do solo e da fazenda.

O orientação é do engenheiro agrônomo Júlio César de Barros Diehl, que trabalha em uma empresa de fertilizantes, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Para ele, o pecuarista precisa conhecer bem o que se passa porteira a dentro para conseguir tirar proveito das vantagens da adubação. Fazer um diagnóstico detalhado e realista da propriedade; começar a experiência com o fertilizante em pequenas áreas e acima de tudo, saber colher a pastagem. Ou seja, manejar o rebanho de forma adequada para que os animais pastem de forma homogênea para não desperdiçar comida.