No mês passado, as chuvas ocorreram acima da média em praticamente todas as regiões produtoras do Centro-Sul e do cerrado do Norte e Nordeste, favorecendo o preparo do solo e o plantio das culturas de verão. A exceção ocorreu no sudoeste de Mato Grosso, onde o volume de água, além de ter ocorrido abaixo da média, foi irregular e mal distribuído.
Na região Sul, as baixas temperaturas retardaram um pouco o crescimento de algumas lavouras, mas as chuvas próximas da média histórica favoreceram tanto o plantio e o crescimento das culturas de verão, quanto a colheita das culturas de inverno. Os técnicos ponderam, no entanto, que a recuperação dos mananciais de irrigação do arroz no Rio Grande do Sul ainda não atingiu a sua capacidade máxima, o que limita a área de cultivo.
Para o próximo trimestre, a previsão climática para região Sul, acompanhando a tendência de manifestação do fenômeno La Niña, continua com maior probabilidade (75%) de as chuvas ocorrerem entre as categorias normal e abaixo da normal.
? Essa previsão mantém os produtores do Rio Grande do Sul em alerta sobre a possibilidade de falta de chuvas na época do enchimento de grãos do milho e do desenvolvimento e da floração da soja ? ressaltam os técnicos.
Para a grande área central do Brasil, que inclui as regiões Sudeste, Centro-Oeste e o sul e oeste da Bahia, onde o período mais chuvoso do ano já teve início, a previsão indica igual probabilidade de chuvas para as categorias abaixo, normal e acima da normal. No entanto, condições de excesso de água poderão ocorrer em áreas isoladas da região Sudeste e sul da Região Nordeste.
“Ao contrário da região Sul, esse prognóstico causa preocupação pela possibilidade de excesso de chuvas no fim do desenvolvimento e época de colheita da soja”, alerta a Conab.
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