O Vale do São Francisco exporta mais de 90% da uva do Brasil. As principais variedades produzidas são as sem sementes, que não resistem às chuvas e dificultam o cultivo nos seis primeiros meses do ano na região. O desafio dos produtores era encontrar variedades que suportassem maiores volumes de água.
Agora, com o aumento da demanda de mercado e a necessidade de expansão da cultura, eles desenvolveram variedades com mais qualidade e maior tolerância à chuva. Isso vai possibilitar a produção em qualquer período do ano.
Já são mais de 70 desenvolvidas. A metade foi apresentada a compradores e técnicos. Foram 35 variedades de uvas de mesa que se mostraram resistentes às condições agroecológicas do Vale do São Francisco. Algumas delas pegaram chuva e não apresentaram problemas, mas antes de serem implantadas no campo, elas passarão por mais testes. Durante o encontro, por exemplo, os visitantes estão receberam um questionário para fazer a análise de cada variedade.
Pelo menos seis estão sendo aproveitadas comercialmente e plantadas em larga escala. Mas os estudos ainda analisam as melhores opções para o mercado.
Investidores do exterior estiveram na apresentação das novas variedades. Eles avaliaram e definiram os próximos investimentos. E o resultado tem agradado.
O comprador americano, Josep Estiarte, gostou do que viu e destacou a região como tendo um grande potencial produtivo e de investimento justamente por permitir essa produção em qualquer período.
Além do aumento da resistência, foram observados detalhes como tamanho das bagas, crocância e teor de açúcar das uvas.