De acordo com o pesquisador da Epagri de Chapecó, Gilberto Curti, as perdas nos 54 municípios da região atingem 15% a 20% no milho, 15% a 30% no feijão e 3% a 5% na soja. Em Caxambu do Sul, a quebra no milho atinge 2,8 mil toneladas, segundo o técnico agropecuário da Prefeitura, Elzio Sanzovo. Isso representa 30% da safra. Na produção de leite, a quebra é de 35%, com 520 mil toneladas a menos, em dois meses. Mas o que mais afeta o município é a perda na safra de melancia, que chega a 50%.
Melancias estão com a metade do tamanho
O agricultor Elmar Mucelini, da Linha Ceccon, plantou dois hectares de melancia onde pretendia colher 60 a 70 toneladas. Mas a produção deve ficar em 30 toneladas. Melancias que deveriam pesar 14 a 15 quilos, estão com metade do peso. Além disso, ele teve perda de 20% na lavoura de milho e, 30%, na produção de leite.
Pelo menos 12 municípios já decretaram situação de emergência. Nessa quinta, dia 18, o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Antônio Ceron, recebeu representantes da Federação da Agricultura (Faesc) e da Organização das Cooperativas do Estado (Ocesc). Ele informou que nos próximos dias chefiará uma missão à Brasília para solicitar apoio.
De acordo com a Faesc entre 5 a 10 mil agricultores do extremo oeste tiveram perdas superiores a 50% e terão que replantar suas lavouras. Para isso, a entidade pede agilidade das instituições bancárias nos procedimentos de liberação do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).