Este crescimento se deve, principalmente, à elevação dos preços que o produto tem alcançado. Entre janeiro e julho de 2011, os preços reais da cana-de-açúcar passaram de R$ 43,5 por tonelada para R$ 66,8 por tonelada (aumento relativo de 53,6%). Com relação aos resultados de 2011, observa-se uma elevação de 11,2% no valor da produção. O resultado é o maior até então obtido desde o início da série em 1997.
Algumas lavouras apresentaram bom desempenho, como o algodão, que teve 110,3% de aumento do faturamento, café, com 36,3%, laranja, com 13,2%, milho, com 30,6%, soja, com 13%, e uva, com 44,9%. Junto com a cana-de-açúcar, esses seis produtos respondem, em 2011, por 77,7% do valor da produção de lavouras.
Outras culturas apresentaram resultados positivos em 2011, porém, mais modestos. É o caso do feijão, fumo, mandioca e tomate. Entre os produtos que apresentam queda de valor da produção em 2011, os de maior destaque são batata inglesa (24%), cebola, (59,3%) e trigo (16,4%).
Os resultados por região e unidades da federação mostram que apenas na região Norte do Brasil o valor da produção diminuiu em 6,6% na comparação com o ano de 2010. As demais regiões apresentam aumento do faturamento em 2011, sendo Nordeste, 16,2%, Sudeste, 6,2%, Sul, 7,7% e Centro-Oeste, 33,9%. Os aumentos de preços e de produção de algumas culturas foram decisivos para a obtenção destes resultados. É o caso do algodão, soja, milho, cana-de-açúcar e algumas frutas como banana, laranja e uva.
O Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo, são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).