Segundo Gabrielli a política da empresa é a mesma de seis anos atrás: de não repassar para o mercado interno as oscilações do preço do barril de petróleo no mercado externo.
? Nossa reposta a essa pergunta é a mesma de seis anos atrás: O Copom (Comitê de Política Monetária) já disse que nós não falamos de juros, e o que se espera é o que o Banco Central também não fale sobre o preço da gasolina ? afirmou Gabrielli, referindo-se à ata da última reunião do Copom, que previu retração no preço da gasolina no próximo ano.
O presidente da Petrobras explicou que, nos últimos seis anos, a empresa procurou manter uma relação dos preços interno e externo do barril do petróleo no longo prazo.
? Não passamos no curto prazo as variações (oscilações) de curto prazo para o mercado brasileiro. Há seis anos, dizemos a mesma coisa.
Ele ressaltou que não é possível saber com exatidão quais serão as variações do preço da gasolina no mercado externo, assim como a do câmbio até julho do próximo ano.
? Se hoje a previsão do mercado é de que o petróleo vai variar até julho 25% para mais, quanto vai variar o câmbio até lá? Ninguém sabe. Conseqüentemente, estão aí duas variáveis cujo comportamento não está claro: câmbio e preço internacional da gasolina. Então, por que nós vamos alterar hoje? Não tem por quê.
Gabrielli lembrou que, quando o petróleo foi a US$ 140 o barril, a Petrobras, da mesma forma, não alterou o preço no Brasil. Segundo ele, é essa incerteza quanto ao mercado futuro do petróleo e dos derivados que leva a empresa a manter sua posição.
? Não temos clareza de quanto será o preço da gasolina no mercado externo daqui a seis meses e não sabemos qual será a taxa de câmbio. Então, precisamos observar um pouco mais para ajustar o preço de longo prazo no Brasil.